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      UM MANIFESTO DE INTENÇÕES!


    Ao iniciarmos as actividades deste Projecto Pensar Sardoal julgámos que tal razão de existência teria obrigatóriamente que passar pela presença na Internet, sob que forma fosse. Era dado adquirido no início de um século onde pontuam vectores com a inovação, tecnologia...enfim, a era da informação.O BLOG surgiu como forma ideal de materializar essa aparição, seja pela facilidade em construí-lo, seja pela facilidade no acesso ou na facilidade de visualização de conteúdos.

    Porém nem tudo são facilidades, pois a sua constante actualização e a forma em jeito de diário, quase “obrigam” a um desgaste permanente quer em termos de formas quer de conteúdos. Assim, por forma a suprimir essas lacunas, pensámos em várias formas de minimizar os custos de oportunidade derivados da actualização diária. Concretizando, sempre foi nosso desejo abrir verdadeiramente este espaço à comunidade do nosso Concelho por pensar que existe algum receio na tomada de posições públicas sobre assuntos concelhios, o que de alguma forma se traduz num défice de participação cívica. Quando se começou a formular alguma forma de intervenção do nosso conjunto de jovens, depressa se instalaram pedidos do género “tenham cuidado com o que vão dizer”, “aconselhem-se sempre com quem de direito”, “já sabes como isto é no Sardoal, há sempre medo de represálias, dar a cara por algo como aquilo que tencionam fazer é muito chato”, entre outras tiradas do género.

    Reforço então o apelo junto de todos os interessados para que abusem literalmente deste espaço para tecerem considerações julgadas úteis, refiro-me não só a representações de índole particular mas também a associações que de tão nobres desígnios merecem uma fonte extra de divulgação em maior escala, atingindo porventura outros públicos, outro target.

    Por isso, Associação de Pais, de Estudantes, Folha do Pisão (Alcaravela), Associações de Moradores, Valhascos, Cabeça das Mós, Entrevinhas, Andreus, Santiago de Montalegre, GETAS , F.U.S., Grupos Desportivos e Recreativos, Associação de Comerciantes, divulgadores do Artesanato, Projectos Turísticos do Concelho, Empresas Concelhias... FAÇAM O FAVOR DE INTERVIR NESTE ESPAÇO QUE É VOSSO, para troca de ideias, divulgação de actividades, magustos, festas, reuniões, assembleias gerais...usem esta forma de comunicação que será cada vez mais a forma de comunicação do futuro, para um público naturalmente diferente, POR FORMA AO SEU OBJECTIVO DE EXISTÊNCIA SER CUMPRIDO.

    Sejam bem vindos!
    # Colocado por PensarSardoal @ 15:37 0 Comentários!

    "AUTO-RETRATO"

    Nas minhas leituras deste fim-de-semana reencontrei um texto publicado no ATRIUM do GETAS datado de Julho de 1986 e que retrata de forma fidedigna algumas mentes deste nosso Sardoal.

    "A SINCERIDADE PÚBLICA PODE NÃO SER SUBSTANCIALMENTE DIVERSA DA SINCERIDADE PRIVADA. UM AUTO-RETRATO É SEMPRE UM AUTO-ELOGIO. MAS NÃO É FORÇOSAMENTE UMA CONFISSÃO EM QUE VOCÊ, LEITOR, SEJA O PÁROCO." M.E.C./86

    "(...)A temática do quotidiano político/social de um Sardoalense-Médio-Comum foi desde o início um caminho possível.
    Como os personagens dessas crónicas seriam invariavelmente os Sardoalenses, pensei ser oportuno hoje falar aqui das características que de forma genérica definem o Sardoalense-Tipo. Penso não ser muito injusto se afirmar que o Sardoalense é um sentimental e por isso um fatalista, vaidoso mas taciturno, ciumento mas brando, apegado e conservador, nostálgico mas fanfarrão, manhoso e refilão, má-lingua mas tolerante. Não se pense que estes adjectivos constituem uma praga!...

    Reconheço em todos eles a faculdade de se manifestarem de forma saudável e de igual modo os descubro em atitudes menos ortodoxas.

    NO ENTANTO...
    ...verificamos que nos últimos anos se tem instalado em nós um certo desfalecimento colectivo, o ânimo a quebrar-se e o sistemático embargo daqueles que ousam sonhar.
    ...simultâneamente tem vindo a acentuar-se o carpir da desgraça nas esquinas e mesas do nosso descontentamento.
    ...a população diminui, a indústria afoga-se, o comércio navega, a agricultura sonha com manhãs de nevoeiro(...)

    A falta de estrategas de planeamento habilitados sequer a aferir as suas 'tiradas' na restante conjuntura nacional, é, para mim, desde há décadas, a principal chaga no desenvolvimento da nossa região.

    Mas será que tal como aqui se refere um Sardoalense-Médio-Comum, existirá uma Mentalidade-Comum-à-Média-dos-Sardoalenses...?

    (UM SARDOALENSE-MÉDIO-COMUM)" in Atrium, Boletim Cultural, Nº2, Julho 86.

    Serve este exemplo para reafirmar o respeito que temos pelo passado do Sardoal, pelos que nele intervieram, e para recordar mentes mais criativas que tal crítica assenta que nem uma luva em muitos Sardoalenses e outros que não se identificam mas que julgam por bem dar a sua opinião mesmo não sabendo nada sobre o contexto e a actualidade da nossa Vila.

    Bruno Costa
    # Colocado por PensarSardoal @ 20:41 0 Comentários!

    PARA UMA POLÍTICA DE JUVENTUDE CONCELHIA!

    A procura de explicações e a oferta de alternativas por parte do poder político legitimado parecem sugerir decisões práticas no que se designa por Política de Juventude. Muitos argumentos desse discurso oficial vão dirigidos à procura de condições que favoreçam o protagonismo dos jovens em vários sectores da vida social e cultural, o desejo de satisfazer os direitos fundamentais como o acesso ao ensino, ao trabalho e na melhoria de vida (saúde, habitação, etc.), com a acção intermediária de muitos organismos oficiais.

    As políticas de juventude são formas plurais, nem sempre convergentes, avançando no desafio de fazer aproximar a juventude às instituições sociais e à realidade, com a disponibilidade de estruturas organizadas (nível regional e local) e institucionais (escola, família, empresa, associações, administração pública, ...) num propósito de conhecer os problemas e necessidades da juventude no contexto, de modo a adoptar os recursos adequados. Por outro lado, nessas políticas deve existir uma dimensão ético social, articulada com o objecto da ética política, já que todas as problemáticas dos jovens são em si problemas educativos e pedagógico-sociais.

    Assimiladas as considerações iniciais, sugiro que uma intervenção neste domínio que tenha em conta as necessidades particulares do nosso concelho só poderiam unir-se prioritáriamente em torno de alguns vectores que passo a expôr:

    -apoio descentralizado nas iniciativas dos jovens, incluindo as de tipo informal, nos âmbitos políticos, culturais, sociais e económicos ( especialmente as empresariais);
    -intensificar e apoiar a mobilidade e os intercâmbios regionais, distritais, nacionais e internacionais (europeus), em acções concertadas com as Escolas do Concelho;
    -motivar à participação dos jovens na utilização das novas tecnologias, fomentando
    programas e acções de teor educativo (formal, não-formal) e profissional;
    -promover a vida associativa (participação dos jovens) em todos os sectores da vida
    social, principalmente os referidos ao desenvolvimento, à preservação do património cultural e artístico, protecção do meio-ambiente, intercâmbios culturais e desportivos, actos de solidariedade internacional, etc.

    Quando falamos em decidir está implicitamente contida a definição de prioridades, e penso que estas seriam de considerar e eventualmente materializar.

    Bruno Costa
    # Colocado por PensarSardoal @ 20:37 0 Comentários!

    JOVEM VERSUS JUVENTUDE NO INÍCIO DO MILÉNIO

    A problemática das gerações determina no desenvolvimento das sociedades uma preocupação pela juventude. Este sentido amplo da questão tem raízes filosóficas e psicopedagógicas antigas, provenientes da antiga Grécia (Homero, Socrates, Platão, Aristóteles), de Roma (Lucrécio, Cícero, Séneca, Quintiliano), da Idade Média (visão teológica), em Espinoza, etc., e, ainda, nas relações entre pais e filhos.

    Tivemos que esperar ao Século XVIII, com Rousseau (O Emílio), para que a juventude começasse a ter um valor social, integrando-se no modo de pensar optimista e inovador da classe burguesa e da Ilustração.

    Parece que o termo juventude entrou no debate contemporâneo, desde a burguesia, idealizando-se cada vez mais a sua presença e protagonismo social na dinâmica das sociedades. Por isso, esta etapa de transição entre a infância e o adulto vai procurando a sua identidade, como uma superação de provas à sociedade, de tal modo que se entranha numa axiologia e em normas comportamentais e atitudinais próprias, para além duma posição que ocupa na educação, no trabalho, nos grupos sociais, na responsabilidade dos direitos e deveres sociais, etc.

    De facto, não é fácil explicar o que é a juventude e o que significa ser-se jovem, pois, encontrar-nos-emos entre um enfoque que substitui a simplificação demográfica (significado da juventude em termos evolutivos, biológicos e psicossociais, unido a certos períodos de idade) pela complexidade das realidades sociais (esta considera-a como uma ?categoria sociológica? manifestada pelas estruturas sociais).

    Atrevemo-nos a dizer que os jovens são o marco de referência nos diversos discursos públicos, institucionais, políticos, literários, nos meios de comunicação social, na publicidade, na moda, no consumo, etc., constituindo uma presença e um referencial habitual na actualidade.
    De opinião contrária está P. Bourdieu (1980: 143 ss) dizendo que a juventude é uma simples palavra, ou D. Coupland (1990) que a tipifica como geração X, ou mesmo a polémica designação portuguesa de geração rasca, tópico ou marca de uma época própria (talvez mais própria dos educadores desta mesma geração).

    É-se jovem para depois deixar de sê-lo.

    Mas quando se o é partilha-se horizontes, ideais e valores de um ciclo de geração, que se sabe que é mais ou menos provisório. Há um vínculo enorme do jovem ao seu tempo, podendo afirmar-se que ele dispõe uma biografia de um passado (infância social na dependência da família), de um presente e de um futuro.

    Nós adultos aludimos à juventude actual com a tendência a referir-nos à nossa própria ou às histórias específicas das gerações precedentes, esquecendo-nos que ela vive certas repercussões de crise, o agravamento de problemas específicos relacionados com o acesso à educação, ao emprego, à saúde, à habitação e ao bem-estar (Galland, 1991).
    Por isso, os jovens aparecem integrados numa geração muda, perplexa, realista, desencantada, tecnológica, consumista, acomodada ao lar familiar, irónica, racional, escolarizada, tolerante, niilista, individualista, cosmopolita, do esforço fácil, etc.

    Nós vivemos entre paradoxos, como os da paz e a intimidação, a solidariedade e a xenofobia, o emprego especializado e o desemprego, entre o progresso social e o deteriora das suas condições de vida, a abundância e a fome (a pobreza e a riqueza), a unidade e a diversidade de culturas, a solidariedade e a marginalização, etc. (Henriksson, 1983).

    Somos jovens para sempre!
    Bruno Costa
    # Colocado por PensarSardoal @ 20:44 0 Comentários!

    PRÁTICAS COLECTIVAS DOS JOVENS [3]

    CONCLUSÃO
    É possível afirmar que as diferentes visões de mundo e as estruturas do pensamento e das acções colectivas dos grupos não estão propriamente vinculadas ao contexto local ou cultural em que estão inseridos, mas que transcendem ou atravessam esse tipo de fronteira.
    Afinal os média potênciam essa característica, comportamentos de massa.

    Os objetivos e interesses comuns e o reconhecimento de que “não estão sozinhos”, mas que fazemos parte de um espaço social de experiências conjuntivas, fortalece o espírito de colectividade, aumentando também a auto-estima e levando-nos a procurar novas formas de combater os problemas do quotidiano. Enquanto membros de um grupo, passamos a ser herdeiros desse conjunto de narrativas comuns que constitui o grupo e que gera esse potêncial criativo tanto dos grupos de orientação geracional como dos grupos de orientação ‘classista’.

    A orientação por classe é também um tema pouco aflorado, no entanto elas também existem no Sardoal enquanto Concelho, pelo que temos sempre esse erro presente quando tecemos uma análise de comportamento, achamos que "fulano" não se comporta bem ou não tem rendimento escolar porque não quer, isto é mais fácil para quem está de fora, pois assim não perde muito tempo com coisas chatas.

    A verdade é que existem condições sociais que legitimam determinados comportamentos, e sei bem do que falo, pois vivi muitos anos num BAIRRO SOCIAL, participando passivamente em todos os actos que são possíveis de serem partilhados, alguns mesmo obrigatóriamente, pois não temos escolha quando vivemos nessas situações. Estes jovens são muito esquecidos, bastava analisar por exemplo a taxa de abandono escolar entre estes jovens e outros que vivem em condições de vida diferentes, por isso não podem ter também as mesmas exigências sociais, nem estarem sujeitos à mesma pressão. Se as condições de partida não são as mesma então as metas também terão que ser ajustadas, com um acompanhamento indicado e reforçado em muitos casos.

    Ficam assim algumas considerações que julgo merecerem discusão entre nós, jovens já com responsabilidades assumidas mas que percorremos um percurso longo e difícil para quem nasce no Sardoal.

    Bruno Costa
    # Colocado por PensarSardoal @ 21:15 0 Comentários!

    PRÁTICAS COLECTIVAS DOS JOVENS [2]

    No seguimento dos conceitos apresentados, tentarei introduzir algumas práticas comuns aos jovens sardoalenses e que observam determinados padrões de acordo com o meu modo interpretativo e descodificador dos mesmos.

    ADOLESCÊNCIA- “fase que se caracteriza pela busca de concordância e segurança habitual” Bohnsack (1995 e 2000)

    Uma das práticas, a constituição de grupos de amigos cuja pertença está maioritáriamente enraizada em hábitos prejudiciais passou a ser para esses jovens um potencial criativo de alternativas, que possibilitou a confrontação de uma fase altamente complexa, marcada por rupturas biográficas violentas e por inseguranças vividas no contexto socio-espacial.

    Ao mesmo tempo, a preferência deste estilo de convivência pela maioria dos jovens da comunidade (ex.“a maioria do pessoal que curte dar umas passas”) gerou um processo de identificação expressiva (Goffmann 1996:318) com a cultura boémia, que passou a ser vista como única forma de integração entre os jovens da mesma geração.
    Não aderir às “passitas” ou aos “copos” significaria estar desintegrado e excluído do grupo geracional e das actividades no próprio bairro.
    Sendo assim, esses hábitos passam a ser vistos como aquilo que para estes constitui uma revolução cultural, levada a cabo por jovens que pertencem não somente à mesma geração, mas que compartem também um mesmo extracto de experiências

    A “práxis” musical e sociocultural passa a ser também para os grupos desse tipo uma forma de sociabilidade, de constituição de relações geracionais e de solidariedade, de descoberta das capacidades e habilidades individuais e de geração de processos criativos.
    Os grupos de rock ou novo rock como Limb Bizkit, Eminem, (descendentes de géneros como rap, hip-hop) dirige-se em
    primeiro lugar à geração jovem que vive em situações sociais e histórico-biográficas semelhantes. Através da música, da reciprocidade e da interacção com outros ouvintes, o grupo procura superar a perda de vínculos e de pessoas significantes e as “decepções” vividas no quotidiano e nas relações familiares.

    A utilização do inglês (estrangeirismos e expressões como DAH!)como idioma de referência também pode ser interpretada como uma busca por princípios universais de reconhecimento e como uma tentativa de ampliar o leque das relações para um grupo que não se restringe somente às fronteiras geográficas e/ou étnicas.

    TO BE CONTINUED!
    Bruno Costa
    # Colocado por PensarSardoal @ 23:41 0 Comentários!

    PRATICAS COLECTIVAS DOS JOVENS [1]

    Para uma melhor compreensão dos contextos sociais que permeiam as experiências comuns aos jovens, em particular neste caso, aqueles oriundos do nosso concelho, é fundamental a compreensão das distintas visões de mundo ou orientações colectivas dos jovens e suas acções práticas.

    Socorro-me de alguns conhecimentos de Sociologia que me foram trasmitidos no ISCTE no 1º ano do curso de Economia. Utilizarei o conceito de visão de mundo (Weltanschauungen) e a Postura genética de Karl Mannheim como apoio “teórico-metodológico”.

    WELTANSCHAUUNG (visão de mundo) – segundo Mannheim – é o resultado de “uma série de vivências ou de experiências ligadas a uma mesma estrutura, que por sua vez constitui-se como base comum das experiências que perpassam a vida de múltiplos
    indivíduos”. Assim sendo, esclareço que a explicação do conhecimento implícito a alguns actos é praticamente impossível para o indivíduo ou grupo que está vinculado ao contexto no qual se construiu esse saber.

    POSTURA GENÉTICA: por outras palavras, o que Mannheim afirma é que o sentido documentário de uma frase ou de uma expressão cultural está inserida num contexto específico, que é esse espaço social de experiências conjuntivas e que, para entendermos o seu significado, é preciso que encontremos uma forma de nos inserirmos nesse contexto específico (por exemplo através do trabalho de interpretação), não apenas para conhecê-lo, mas também para compreender o significado de determinadas expressões ou representações sociais.

    Tendo em conta estes conceitos por mim recordados na obra do autor, tecerei algumas considerações relativamente à aplicação dos mesmos na interpretação de fenómenos e práticas entre os jovens, em particular os do nosso concelho.

    TO BE CONTINUED!!

    Bruno Costa

    # Colocado por PensarSardoal @ 20:45 0 Comentários!

    ASSOCIATIVISMO JUVENIL E CIDADANIA POLÍTICA

    Estudos recentes sobre o exercício dos direitos de cidadania em Portugal têm verificado a existência de uma baixa propensão da população para a acção colectiva, seja ela organizada ou suportada por mecanismos de automobilização. Esta situação causa preocupação, pois sugere a existência de uma condição passiva perante o Estado (visto como o garante dos direitos de cidadania) e de algum desinteresse ou apatia perante o devir colectivo. Dir-se-á que a reduzida participação política dos jovens não é um atributo exclusivo do país mas, pelo contrário, comum a muitas outras, senão mesmo à maioria, das democracias existentes no mundo.

    Traço característico de Portugal é verificar que a fraca propensão para a participação colectiva não se restringe à acção política, estendendo-se por todo o espectro da acção social, desde o voluntariado cívico e humanitário até à acção organizada com objectivos determinados nas esferas económica e política. Do ponto de vista do exercício dos direitos de cidadania, a fraca iniciativa participativa sugere que o nosso país se encontra numa situação de relativo subdesenvolvimento e que está longe de esgotado o processo emancipatório da modernidade em Portugal.

    Quer pela sua situação objectiva na sociedade, quer por disposições culturais e subjectivas, a disponibilidade dos jovens perante a mudança e as grandes causas sociais é reconhecidamente mais forte do que nos outros grupos etários. Constitui, consequentemente, um aposta mais segura prever que as atitudes dos portugueses face ao exercício de cidadania comece a dar sinais de mudança a partir dos grupos jovens. Tanto mais quando a acção pública orientada para os jovens pode precipitar essa mudança, acelerando certos processos e contribuindo para a afirmação de novas formas de consciência e de acção.

    Cidadania política:este conceito remete para o usufruto dos direitos políticos, designadamente a liberdade de expressão e de associação, que, ao contrário do que ocorre com os direitos cívicos e sociais, não pode ser automaticamente auferido, mas antes supõe uma participação activa sem a qual não pode ser plenamente consumado.

    Convém ainda deixar claro que o exercício desses direitos não se restringe à esfera política. Com efeito, as formas pró-activas de participação podem ser encaradas em três planos que não deixarão de merecer tratamento analítico ao longo do projecto. Esses planos são os seguintes:

    · A participação associada — refere-se a todo o tipo de actividade juvenil organizada em qualquer campo da actividade social. Abrange desde as formas de associativismo recreativo até as actividades partidárias, quer as associações tenham carácter duradouro ou efémero.

    · A automobilização cívica e política — diz respeito à participação em acções de natureza colectiva. Inclui formas muito variadas de acção que podem ir da mobilização de rua em causas como a de Timor até manifestações de carácter social ou político, como realizar uma greve. Uma forma de automobilização política que merecerá um cuidado especial refere-se à participação eleitoral. Pensa-se que constituirá o meio privilegiado para explorar a relação de comunicação que deverá existir entre os jovens e o sistema político-partidário.

    · A mobilização cognitiva — constitui, sem dúvida, um elemento central para se compreender as disposições dos jovens para a acção colectiva e as razões para o não exercício dos direitos políticos. Questões centrais a explorar são, por exemplo, a importância da política no mundo de hoje e do seu papel na vida dos jovens e do país, as configurações avaliativas em torno do sistema político ou as representações sobre o papel da acção política no quadro dos desafios da integração europeia e da globalização. Intimamente relacionada com a mobilização cognitiva, a socialização política assumir-se-á como uma área privilegiada de inquirição. Esta área surgirá organizada em torno de aspectos como a exposição aos media informativos e outros, maxime juvenis, ou as condicionantes da socialização político-partidária.

    Constitui esta forma um alerta para uma lacuna existente também no Sardoal, e que sinto na pele sempre que pretendo efectuar alguma alteração ou acontecimento de relevo para o Sardoal.

    Bruno Costa
    # Colocado por PensarSardoal @ 21:25 0 Comentários!

    PERFIL DO JOVEM PORTUGUÊS [estrutura etária em causa]

    Segundo as fontes investigadas, Marktest e INE, e segundo um estudo elaborado em conjunto "Os Jovens Portugueses (15-24 anos)" de 24 Julho 2002 teço aqui alguns dos seus resultados em termos gerais.

    Uma análise do perfil dos jovens revela-nos um grupo de indivíduos com ocupação maioritariamente de estudante e adeptos das novas tecnologias: 81.5% utiliza telemóvel e têm consumos importantes de Internet. Distinguem-se da média do Universo sobretudo em comportamentos ligados à informação: leitura de livros, aquisição de CD’s e aquisição de filmes de video, onde registam valores muito acima da média. Podemos defini-los ainda como indivíduos que maioritariamente usam jeans, frequentam discotecas, praticam desporto regularmente e fazem férias na praia.

    Nos seus hábitos de media registam-se menores consumos de televisão do que na média do Universo, mas no que diz respeito à rádio apresentam índices superiores à média, especialmente nos horários nocturnos. Apresentam, como seria de esperar, um consumo muito superior à média de revistas e jornais dirigidos ao público jovem.

    Observando o perfil do consumo destes jovens entre os 15 e os 24 anos relativamente às publicações de informação geral, verifica-se que habitualmente são leitores dos jornais diários Jornal de Notícias e do Correio da Manhã e distinguem-se da média nacional na leitura do Jornal de Notícias e do Público na mesma categoria. O Expresso ocupa também um lugar entre os destacados porém, receio que seja por estar à vista em cima da mesa da sala onde os pais o colocam, porque tenho sérias dúvidas que percam muito tempo nos cadernos principais (por experiência própria demoro quase 1 dia e meio a derrotá-lo, e bem sei que não por ai muita gente que o faça).
    Relativamente às revistas e jornais semanais, os jovens elegem a leitura do jornal Expresso e da revista Visão, mas distinguem-se da média nacional na leitura da revista Focus e do jornal Independente.

    Somos todos iguais?? O Markteen diz-nos que não!!

    Os Pré-Adolescentes
    Maioritariamente constituído por jovens com idade compreendida entre os 10 e os 12 anos, com hábitos de consumo em linha com a média. Ocupam os seus tempos livres principalmente a ver televisão, jogar e brincar. Costumam brincar com os amigos e/ou irmãos, andar de bicicleta, jogar futebol e jogar consola ou Game Boy. Possuem bicicleta e trotineta. São o grupo mais numeroso, representando 44.0% do universo (residentes no Continente com idades compreendidas entre os 10 e os 18 anos).

    Os Informados
    São maioritariamente do sexo feminino, com idade compreendida entre os 16 e os 18 anos.
    São jovens que costumam ocupar os seus tempos livres a ver tv, ler, ouvir música e por outro lado, costumam sair e estar com os amigos, passear, ir ao cinema, centros comerciais, museus, teatro, discotecas/bares, concertos musicais e praticam desporto. Têm comportamentos de consumo de media e de “produtos” ligados à informação bastante acima da média. Este grupo é constituído por 260 mil jovens, o que representa 24.7% do total.

    Os tecnológicos
    São na sua maioria jovens urbanos (residentes nas regiões da Grande Lisboa e do Grande Porto), do sexo masculino, com idades compreendida entre os 16 e os 18 anos e pertencentes às classes alta, média alta e média. Ocupam os seus tempos livres a jogar computador, jogar consola, jogar futebol, praticar desporto ou a tocar instrumentos musicais. Costumam sair e estar com os amigos, ir ao cinema, centros comerciais, discotecas, bares, concertos e assistir a jogos de futebol. No que se relaciona com as novas tecnologias, apresentam consumos bastante acima da média. Representam 31.3% do total

    Estrutura etária em causa.

    Tal como em outras países europeus, também a população portuguesa tem registado um envelhecimento dos seus efectivos. As estimativas do INE de 2000 apontam para um valor de 1486 mil indivíduos entre os 15 e os 24 anos, o que representa um decréscimo de 8% face ao Censo de 1991.
    Este valor representa ainda assim quase 15% da população total, o que lhe dá uma dimensão importante, sobretudo se considerarmos os hábitos que caracterizam estes indivíduos.
    O forte envelhecimento da população constitui um dos aspectos mais marcantes da evolução demográfica recente. Em 2001, a proporção de idosos - 65 ou mais anos - recenseados (16,4%) ultrapassou pela primeira vez a dos jovens - 0 aos 14 anos - (16,0%).

    De 1981 para 2001, o Índice de Envelhecimento aumentou de 45 para 103 idosos por 100 jovens ou seja, o número de idosos a residir em Portugal ultrapassa o de jovens. Para este rácio contribuiu, sobretudo, a população do sexo feminino, cujo índice foi de 122 idosas por cada 100 mulheres jovens, enquanto que o dos homens se situava nos 84 indivíduos, facto que reflecte a maior longevidade feminina. É nos concelhos do interior do País que existe um maior envelhecimento populacional, ou seja, o número de idosos é superior ao dos jovens.
    A evolução da população caracteriza-se pela manutenção de baixos níveis de crescimento nas zonas do interior do País, e, em alguns casos, pela perda acentuada de efectivos populacionais. Por outro lado, continua também a verificar-se um maior dinamismo em alguns concelhos, localizados quase exclusivamente no litoral do território. De salientar o crescimento populacional em alguns concelhos do interior que integram centros urbanos de média dimensão.

    Estes dados permitiram uma melhor percepção do individuo target jovem, dando aso a algumas considerações a remeter noutro Post.
    Bruno Costa
    # Colocado por PensarSardoal @ 16:31 0 Comentários!

    SER UM JOVEM DO MUNDO!

    Sempre se disse que a juventude está estragada, e já desde a "antiga Grécia", que assim é. Portanto não são os de agora que são os piores nem os de antigamente que eram os melhores. É que como tudo na vida: os valores são outros, a sociedade é outra, os princípios são outros, e tentar fazer uma comparação entre 2 tipos de gerações, em que tudo muda, como da noite para o dia, embora não seja correcto, pode-se fazê-lo encontrando algumas semelhanças curiosas.
    Passemos ao Sardoal e aos seus jovens!
    Ser jovem no Sardoal é antes demais, estar familiarizado com as novas tecnologias, por exemplo telemóveis (pois parece que a vida sem eles não se fazia), internet (muito útil mas mal aproveitada), jogos vídeo (não se consegue imaginar nada melhor). É também usar roupa larga (pois quer-se liberdade), e ouvir música, de preferência com conteúdo violento (pois só agora se sabe fazer música). Parece-me portanto uma evolução natural das "coisas". Ser jovem no Sardoal, é saber responder torto e com maus modos, por norma, é escrever nas paredes palavras obscenas, é dizer anglicanismos, quem não fazem ideia o que querem dizer, é andar bêbado na escola e vomitar na rua, para que todos saibam que "aquele é o gajo que bebe 8 cervejas e 10 shots", e não esquecer de faltar aos compromissos para ir para o bar. Enfim é exagerar em tudo, para dar nas vistas, talvez, ou para questões de afirmação pessoal ou social, quem sabe?!

    Encontrei num livro a seguinte passagem: "Estes rapazes de agora são uma carga de patifes! E esse borra-botas do B.C. que trazem nas palmilhas! E se não são celerados são uns autênticos patetas! Fazem de tudo o que podem para se tornarem horrendos; andam mal trajados, têm medo das mulheres quando estão juntos delas, têm medo de pelintras, que fazem rebentar de riso as raparigas. Palavra de honra bem podiam ser chamados pobres envergonhados de amor! São disformes e estúpidos. Repetem todos os equívocos de T. e P., usam casacos que mais parecem sacos, coletes de lacaio, camisas de pano grosseiro, calças de fazenda grossa, botas de camponês e o que são corresponde na verdade à sua aparência. Os termos que usam, na sua fala, são tão baixos como quem os emprega. E todos estes garotões têm opiniões políticas! Fabricam sistemas, refazem a sociedade, destroem a monarquia, derrubam todas as leis, pões o celeiro no lugar da adega e um porteiro no trono do rei, remexem a Europa inteira, reedificam o mundo e têm a grande fortuna de vêr as pernas às lavadeiras quando elas sobem para as carroças!"
    Curioso?! Se isto não tivesse sido escrito em 1862, por Victor Hugo, atreveria-me a dizer que era recente, embora seja certo que na sua grande maioria é perfeitamente adaptável.

    Pergunto: Vocês apercebem-se da grande diferença entre o século XIX e o século XXI, no que refere à opinião que se tem dos jovens?
    Felizmente nem todos têm os comprtamentos tidos como exemplo, e ainda bem. Afinal de contas, todos quanto comentam a nossa juventude esquecem-se que já o foram.
    Porque esta história de ser jovem no Sardoal, é ser jovem como em qualquer outro lado do mundo.

    Daniel Grácio

    # Colocado por PensarSardoal @ 20:53 0 Comentários!

    JÁ FALTOU MAIS, MAS...NÃO FALTA TUDO!

    Vejo com um certo à vontade um novo fenómeno que desponta entre a população mais jovem, a nível nacional, e como está claro também no Sardoal. Não conhecendo a realidade de outras terras ou concelhos, vejo-me só na obrigação de constactar os factos no concelho onde moro.
    Ainda me lembro de andar aos "bolinhos bolinhos", pois não vai assim à tanto tempo, e de ir mascarado ao entrudo a pregar partidas, algumas que me das quais me condeno, e de tocar e ouvir o 1.º de Dezembro pelas ruas da Vila. Enfim tradições portuguesas que são de saudar que se matenham vivas graças a todos, desde os mais velhos até aos mais novos.

    Agora há uma coisa que não percebo: O "Halloween" (deve ser assim que se escreve). Depois de interrogar pessoas, algumas até que têm idade para serem meus avós, estes nada me souberam dizer, "não me lembro de tal coisa!", disse-me um. Concluí então, que só a rapaziada mais nova tem memória do dito "dia das bruxas", o que considero uma evolução natural. Porquê? É que cada vez mais mais nos estamos a tornar americanóides, ou aliás, a população mais nova está em plena americanização (e secalhar contra mim falo).

    Creio que a tradição e a conservação de antigos costumes portugueses é benéfica para toda uma sociedade assim como o reavivar de costumes que se perderam no tempo, mas pergunto se será necessário importar de um povo, que de tradição não tem nada para ensinar a ninguém, um costume que só a eles diz respeito?

    Pelo caminho que estamos a tomar, o mais certo é qualquer dia comemorar-mos o 4 de Julho ou quem sabe, fazer um minuto de silêncio pelas vítimas de Pearl Harbor!!!

    Daniel Grácio
    # Colocado por PensarSardoal @ 18:19 0 Comentários!

    SER JOVEM NO SARDOAL É...

    É querer conhecer todos os dias um pouco mais da nossa terra.
    É ter vontade de retocar a Vila sem que isso lhe retire encanto.
    É sentir uma enorme frustração pelo fecho dos bares às 2 da manhã, logo na altura em que a conversa estava a ficar tão apetitosa.
    É sentir um misto de surpresa e às vezes de pena, por ver que certas mentalidades nunca vão mudar.
    É enaltecer o que está correcto e censurar o que vai mal por aqui.
    É sentir orgulho no nosso património e na nossa riqueza histórica.
    É saber que nalgumas noites gélidas de Inverno a água na bica do meio do Chafariz corre quente.
    É acreditar que quando a nossa geração chegar ao poder seremos autarcas perfeitos. (Depois passa!...)
    É preocupar-se em saber o que apoquenta os outros jovens "Lagartos".
    É gostar da sua terra como mais ninguém e espalhar esse amor aos quatro ventos.
    É chegar ao fim-de-semana e ter de ir a concelhos vizinhos ver um cinema ou uma peça de teatro.
    É esperar ansiosamente durante um ano pela Semana Santa e pelas Festas do Concelho (porque mais não há pelo meio!)
    É gostar de Cozinha Fervida e Tijeladas.
    É não tolerar que maltratem a nossa terra.
    É estar longe e estar sempre com ideia no regresso.
    É ter receio de um dia ter de abandonar a Vila para procurar um sítio com mais oportunidades.

    Ser jovem no Sardoal é ter saudades de um futuro que se calhar nunca chegará.

    Brutal Deluxe
    # Colocado por PensarSardoal @ 19:36 0 Comentários!

    DESCRIMINAÇÃO REGIONAL? CRITÉRIOS PARA UMA PROPINA!

    Segundo um princípio, muito falado hoje em dia, o Utilizador Pagador, cada cidadão paga os serviços que usufrui, sendo isto não apenas correcto mas também fundamental para o progresso do país.
    Pois bem, o novo regime de autonomia Universitária aponta no sentido correcto, pois cada Universidade deve saber quais as suas necessidades financeiras. Partimos então de que todos os serviços têm um valor, e se esse valor deve ser pago por quem os utiliza, então é normal que sejam os estudantes a pagá-lo.
    A ideia de que deve ser o Estado a pagar muitos serviços tem a sua origem no hábito de olharmos o Estado como uma entidade estranha, com rendimentos próprios vindos de outro planeta. Desenganem-se, o Estado é uma entidade concreta e cujos rendimentos provêem de origem bem conhecida: os impostos.
    Com um número de reformados cada vez maior a percentagem da população activa é cada vez menor, sendo por isso insustentável o financiamento de instituições dispendiosas com os impostos, como é o caso das Universidades.
    A bem da sociedade civil, a nova Lei das Universidades vai avançar, porém ninguém nem nada é perfeito, ficando aqui algumas considerações que visam o seu aperfeiçoamento, nomeadamente para a adopção de um modelo de base econométrica que permita ter em conta vários factores com graus de ponderação diferenciáveis.

    CRITÉRIOS: Um dos critérios, e talvez o que mais importa para os alunos universitários do Sardoal, é a descriminação positiva dos estudantes do interior, que sofrem tremendas desigualdades no acesso à informação, incorrendo em custos de deslocação superiores, repercutindo-se igualmente esta diferença nos rendimentos familiares devido ao facto de terem nascido numa região pobre em termos estritamente financeiros, onde a fraca criação de riqueza impede que a redistribuição da mesma ocorra de uma forma mais equitativa. A bem da justiça social, as zonas mais pobres deveriam sofrer de um apoio para romper com um ciclo vicioso da pobreza em que estão instalados e para finalmente se dotarem de recursos humanos qualificados.
    Um segundo critério seriam as saídas profissinais do curso para o qual estamos a pagar propinas, faz todo o sentido que os futuros Médicos deste País paguem uma propina eleveda, pois o Estado Português está ao mesmo tempo a garantir-lhes um emprego para toda a vida, algo de que muitas profissões e cursos não se podem gabar.
    Este critério levaria inclusivé a uma diferenciação de propinas dentro da própria faculdade/estabelecimento de ensino, consoante a qualidade curricular do curso apresentado, diferindo por isso também de univeridade para universidade, pois vai passar a haver alguma injustiça no pagamento da mesma propina em cursos de nome idêntido mas com qualidades de ensino, e com investimentos extra, diferentes.
    Por último, deviam ser tidas em conta as necessidades laborais futuras, isto é, englobando estudos de previsão a médio prazo que visem a inventariação das necessidades futuras do país e da região em que se insere. Seriam então concedidas descriminações positivas para estes cursos a bem da sociedade.

    Bruno Costa
    # Colocado por PensarSardoal @ 21:49 0 Comentários!

    FINACIAMENTO DO SUPERIOR! Era um vez...

    A Lei do Financiamento do ensino superior (nº37/2003, 22 Agosto) tem origens no tempo, vejamos.

    O valor tem origem no Decreto Lei nº31658, de 21 de Novembro de 1941, que fixava a propina em 1200 escudos, sendo este o valor em vigor aquando da aprovação da Constituição da República(CR) em 1976. Uma vez que o artigo 74º da CR determina a gratuitidade como tendência do sistema de ensino, em 1992, o Tribunal Constitucional entendeu que aquele valor devia sofrer apenas uma actualização, de acordo com o índice de preços do consumidor do Instituto Nacional de Estatística (INE), seguindo indicadores económicos. Aos 1200 escudos de 1941 correspondem hoje, segundo o INE, 852 euros, o que, por força de lei, será o patamar máximo para este ano.

    Em rigor, se o valor é apenas actualizado, não existe legalmente um aumento. É desta opinião o constitucionalista e professor da Faculdade de Direito Jorge Miranda, pelo que não existe “nenhuma insconstitucionalidade na lei, sendo que as propinas devem acompanhar a situação económica do País”.

    No capítulo dedicado ao financiamento, a OCDE aborda também a importância dos dinheiros privados, que contribuem, em média , com 88% do total investido na educação.
    Em Portugal, juntamente com Finlândia, Suécia e Turquia, a participação privada chega aos 3%. No ensino universitário a participação privada aumenta na maioria dos países por ser entendido, diz o documento, como um nível de ensino que traz grandes benefícios pessoais para os alunos.

    Apesar dos beneficios pessoais, existem critérios de determinação do valor da Propina que devem ser considerados e estudados. Um modelo econométrico seria a solução hibrida para este problema.

    Quanto aos critérios...fica para amanhã!!
    Bruno Costa

    # Colocado por PensarSardoal @ 23:03 0 Comentários!

     

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