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DESCRIMINAÇÃO REGIONAL? CRITÉRIOS PARA UMA PROPINA!
Segundo um princípio, muito falado hoje em dia, o Utilizador Pagador, cada cidadão paga os serviços que usufrui, sendo isto não apenas correcto mas também fundamental para o progresso do país.
Pois bem, o novo regime de autonomia Universitária aponta no sentido correcto, pois cada Universidade deve saber quais as suas necessidades financeiras. Partimos então de que todos os serviços têm um valor, e se esse valor deve ser pago por quem os utiliza, então é normal que sejam os estudantes a pagá-lo.
A ideia de que deve ser o Estado a pagar muitos serviços tem a sua origem no hábito de olharmos o Estado como uma entidade estranha, com rendimentos próprios vindos de outro planeta. Desenganem-se, o Estado é uma entidade concreta e cujos rendimentos provêem de origem bem conhecida: os impostos.
Com um número de reformados cada vez maior a percentagem da população activa é cada vez menor, sendo por isso insustentável o financiamento de instituições dispendiosas com os impostos, como é o caso das Universidades.
A bem da sociedade civil, a nova Lei das Universidades vai avançar, porém ninguém nem nada é perfeito, ficando aqui algumas considerações que visam o seu aperfeiçoamento, nomeadamente para a adopção de um modelo de base econométrica que permita ter em conta vários factores com graus de ponderação diferenciáveis.
CRITÉRIOS: Um dos critérios, e talvez o que mais importa para os alunos universitários do Sardoal, é a descriminação positiva dos estudantes do interior, que sofrem tremendas desigualdades no acesso à informação, incorrendo em custos de deslocação superiores, repercutindo-se igualmente esta diferença nos rendimentos familiares devido ao facto de terem nascido numa região pobre em termos estritamente financeiros, onde a fraca criação de riqueza impede que a redistribuição da mesma ocorra de uma forma mais equitativa. A bem da justiça social, as zonas mais pobres deveriam sofrer de um apoio para romper com um ciclo vicioso da pobreza em que estão instalados e para finalmente se dotarem de recursos humanos qualificados.
Um segundo critério seriam as saídas profissinais do curso para o qual estamos a pagar propinas, faz todo o sentido que os futuros Médicos deste País paguem uma propina eleveda, pois o Estado Português está ao mesmo tempo a garantir-lhes um emprego para toda a vida, algo de que muitas profissões e cursos não se podem gabar.
Este critério levaria inclusivé a uma diferenciação de propinas dentro da própria faculdade/estabelecimento de ensino, consoante a qualidade curricular do curso apresentado, diferindo por isso também de univeridade para universidade, pois vai passar a haver alguma injustiça no pagamento da mesma propina em cursos de nome idêntido mas com qualidades de ensino, e com investimentos extra, diferentes.
Por último, deviam ser tidas em conta as necessidades laborais futuras, isto é, englobando estudos de previsão a médio prazo que visem a inventariação das necessidades futuras do país e da região em que se insere. Seriam então concedidas descriminações positivas para estes cursos a bem da sociedade.
Bruno Costa
# Colocado por PensarSardoal @ 21:49
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