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À ESPERA DE UM SINAL...
Quando nos preparamos para levantar vôo rumo a outras etapas da nossa realização profissional intrínseca a um comum ser mortal em pleno século XXI, desenvolvemos expectativas nomeadamente para com os assuntos com os quais possuímos ligações sentimentais fortes.
Assim sendo, vivemos estes anos à espera de um sinal, um sinal que não é mais que uma tomada de atitude. Uma atitude de rasgo para com este circulo vicioso da pobreza que atravessa o Sardoal, a pobreza de espírito e a outra, a real. A real pode não constituir a base da pirâmide das necessidades do Sardoalense "médio-comum", como enunciava o ilustre Eusébio Paulino.
Quando delegamos responsabilidades estamos sempre à espera de um sinal, uma direcção, um rumo, um projecto... Questiono se estes existem? Questiono porque ninguém os dá a conhecer? Questiono porque se teima em tomar o Sardoalense como um pacóvio a quem os destinos públicos não interessam? Questiono quem tem medo de confrontar as suas ideias? Questiono a autocracia?
Todos os dias deste ano e do próximo espero sinais que me motivem, que nos motivem a continuar...não os encontro. Encontro a promoção da mediocracia, da falta de comportamento pro-activo, da mediania, dos comportamentos que geram falta de responsabilidade, que geram a apatia...sempre à espera que alguém um dia nos dê a mão e nos conduza ao seu colo até uma vida monotona, sem desafios, ausente de quaquer espírito promotor da meritocracia.
Serão espasmos do Guterrismo que ainda vagueiam no nosso concelho, a cultura de subsídio inefeciente, do hábito dos coitadinhos que a única coisa que trás no longo-prazo é o aumento do circulo vicioso. Onde é que isto para meus senhores?
Eu esforço-me, estudo e trabalho, sofro diáriamente, e quando olho para trás, para a minha terra, dizem indirectamente aos jovens para não estudarem que tem emprego para toda a vida, fomentam os comportamentos de risco que esses próprios jovens criam, assentes nos pressupostos de que ninguém tem mérito, é sempre a cunha...Tudo isto à conta do herário público.
É tempo de abraçar os valores do estimulo ao mérito, à iniciativa privada, criadora de bem-estar através de trabalho onde quem é o melhor sobrevive, quem é mediocre arrasta-se. A nossa zona industrial está destinada a sempre preterida em torno de outras prioridades, que são sempre questionáveis, pois trata-se de prioridades, hierarquizadas, fruto de um estudo, de um planeamento... O herário público tem que ser multiplicado, tem que gerar bens públicos num contexto intemporal, tem que satisfazer as necessidades dos que para ele contribuem, senão é o descrédito total.
Continuo à espera...um sinal...uma atitude.
Bruno Costa
# Colocado por PensarSardoal @ 19:30
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BOM NATAL!
Como é da praxe, e tentamos não fugir a estas, por muito que sejamos contra ou a favor, nesta altura as instituições, empresas e associações tentam dirimir-se dos pecados cometidos durante o ano através de uma atitude mais solidária, até porque "parece bem" e consta até do manual de qualquer ser importante do Séc. XXI "Socialmente Correcto" da Paula Bobone (sem comentários).
No nosso caso, não é que tenhamos constituído qualquer pecado, porém, achamos que deverá ficar reflectido o nosso sentimento e espírito para com os Sardoalenses.
Acima de tudo, e apesar de criticarmos o cidadão anónimo Sardoalense pela sua postura e filisofia de vida, nesta altura esses handicaps ficam como que retidos numa camada sub-cutânea, demosntrando todas as virtudes e comportamentos que buscamos durante esta quadra.
No Sardoal o Natal é à boa maneira antiga, com os valores de antigamente a fazerem uma aparição, embora apenas momentânea, pois findo o dia 25 de Dezembro volta tudo ao mesmo. Damos férias à cretinice, à imoralidade, ao cinismo, etc, etc...apenas por dois dias.
Ainda assim, ficam expressas as nossas intenções declaradamente amigáveis, por esta vez, a todos os naturais do nosso Concelho, que estando neste ou por motivos alheios espalhados por outras zonas do País.
Esperando que utilizem esta altura para colocar a mão na consciência, para reflectir sobre acção que têm em sociedade e na família, tentando redescobrir forças para melhorar enquanto ser humano integro e por isso participante num modo de vida em sociedade.
UM BOM NATAL A TODOS!
# Colocado por PensarSardoal @ 19:46
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CONVICÇÕES POLÍTICAS
"Por muito que se tenha educado no descrédito da política, é-se forçado a reconhecer que, quando se começa a tomar em profundidade consciência da nossa própria existência e das realidades que nos cercam, somos cosntantemente conduzidos a ela.
Desde a educação e futuro dos nossos filhos às nossas próprias condições de trabalho e de vida, desde a liberdade de ideias à liberdade física, aquilo que pensamos e queremos coloca-nos directamente ante a política: seja em oposição frontal à seguida por determinado Governo, seja de simples desacordo, seja de apoio franco.
Porque somos homens, seres inteligentes e livres chamados a lutar pela realização desses dons na vida, formamos a nossa opinião e exprimimos as nossas ideias, pelo menos no círculo de pessoas que nos cercam.
Mas se nos limitarmos a isso, se nos demitirmos da intervenção activa, não passaremos de desportistas de bancada, ou melhor, de políticos de café.
A intervenção activa é a única possibilidade que temos de tentar passar do isolamento das nossas ideias e das teorias das nossas palavras à realidade da actuação prática, sem a qual as ideias definham e as palavras se tornam ocas." in Sá-Carneiro e a Social-Democracia, Evaristo V. Fernandes, 3ªEdição, Edipanta, 2001.
Bruno Costa
# Colocado por PensarSardoal @ 20:58
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MAIS UM ANO QUE PASSA...
Há medida que o ano se aproxima do fim é evidenciado pelo ser humano uma necessidade de fazer um balanço deste, filtrando-o pelas expectativas criadas. Uma análise de como o ano passou, que o objectivos foram atingidos, os que ficaram por atingir, o que correu bem, o que correu mal....um infindável numero de questões, que tentam ajudar-nos a perspectivar o futuro.
Nesta óptica, a JSD do Sardoal,como promotor do projecto “Pensar Sardoal”, não foge à regra. O Conjunto de pessoas que fazem parte deste projecto o do qual orgulhosamente faço parte, devem também fazer um balanço do ano que passou. Terão sido os nossos objectivos concluídos? Que conclusão retiramos das nossas actividades? Qual foi o feedback que tivemos?? Poderíamos ter feito melhor? O que faltou fazer??
È este exercício a que me proponho com este texto.
Abrimos as hostilidades à quase um ano. Quando começamos definimos que, mais do que ficarmos pela dimensão político-partidária e sermos “yes man” do PSD , e/ou entrar na infeliz mediocridade que caracteriza – infelizmente - muitos movimentos político-partidários, na sua dimensão local ,por todo o país ( JS , JSD , JP , JC etc.), queríamos por o Sardoal a “mexer”, dar animo ás suas gentes, incentivando estas a participar mais directamente na resolução dos problemas da terra, incentivando estas a dar a sua opinião, confrontar os decisores políticos desta terra com os seus problemas, ideias e sugestões.
Os instrumentos utilizados para atingir tal desiderato foram de variada ordem. Por um lado tentamos promover reuniões na nossa sede, mais vocacionadas para a Juventude, independente da filiação partidária ou ideologias, onde abrangíamos as mais variadas temáticas de um modo liberal, informal e sem tabus. Por outro lado organizamos actividades viradas para o exterior, para toda a comunidade, onde tentámos abordar problemáticas mais abrangentes, que pudessem beneficiar todos intervenientes independentemente da idade, e mais uma vez, da ideologia e/ou filiação partidária. Neste segundo campo, o que acabou por ter mais relevo, tentamos então através de debates, da emissão de panfletos alusivos a certos acontecimentos de relevo, da realização de uma feira do livro, onde trouxemos cultura ao Sardoal, do recentemente criado Blog, atingir o que nos propusemos.
Olhando para trás é legitimo afirmar que conseguimos atingir qualquer coisa de relevante , que o nosso esforço não foi em vão. Conseguimos através de todas as iniciativas despertar um pouco o Sardoal, colocar as pessoas a debater um pouco mais os problemas da nossa localidade nas mais variadas áreas, através dos debates que organizamos, do nosso Blog e das nossas reuniões. Conseguimos estimular as pessoas e mexerem-se e a actuarem na sociedade ,mesmo que não seja no nosso projecto, como é exemplo o surgir dum “grupo de jovens” . Conseguimos proporcionar aos sardoalenses, sem terem que se deslocar para fora de Sardoal, o acesso a Livros com a Feira do Livro. Conseguimos.........
Mas sabe a pouco. Muito ficou por fazer, muito há que melhorar. Todos nós devemos ter a noção disso. Temos que continuar a trabalhar, produzir mais e melhor, ter a capacidade de seduzir ainda mais pessoas a participar neste projecto e dar os parabéns e incentivar/apoiar aqueles que desenvolvem outros . Temos que continuar a lutar para levar e empurrar o nosso Sardoal no caminho certo, no caminho para o desenvolvimento. TODOS temos de , independentemente das ideologias, lutar pelo Sardoal. Nós LUTAMOS .
André Pereira Ambrósio
# Colocado por PensarSardoal @ 20:47
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Aniversário Pens@r Sardoal: uma opinião.
O Sardoal é uma terra onde quase nada acontece no movimento associativo. À excepção dos Lagartos e da Filarmónica, tudo o resto parece ter mergulhado no estatismo comodista do Lagarto que tece opiniões e lança conjecturas aos balcões das lojas e cafés da Vila. No entanto, felizmente, há quem continue a acreditar que se podem fazer coisas relevantes, apelando ao debate e à participão activa dos cidadãos, o movimento Pens@r Sardoal.
Este grupo de jovens Lagartos tomou a braços uma tarefa deveras ingrata: promover iniciativas. Já se sabe que quem se abarca nestas aventuras sujeita-se à mesquinhez e maledicência natural do sardoalense (mas este mal não é só local, é nacional). O cidadão luso prefere ficar no seu canto a desdenhar do que encetar o que quer que seja com receio que outros dele desdenhem...
O facto de maior parte dos membros pertencer aos quadros directivos da representação jovem de uma secção concelhia de um partido político, faz com que sejam olhados com alguma desconfiança por aquela faixa de população que acha que quem se mete em coisas de política só pode ter algum interesse particular...
Talvez seja, até agora, o aspecto menos conseguido do movimento, a dificil dissociação entre a JSD Sardoalense e o Pens@r Sardoal. Onde começa um e onde acaba o outro? Mas este facto tem um único responsável, o próprio Pens@r Sardoal. (Basta ver a(s) cor(es) que pontuam a sua representação cibernética para se perceber do que se fala...)
Creio que o saldo se pode considerar positivo e só posso felicitar o Pens@r Sardoal pela persistência, pelo trabalho e pela novidade.
Parabéns pelo primeiro aniversário!
Luís F. Gonçalves
# Colocado por PensarSardoal @ 19:35
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SARDOAL VISTO PELAS CRIANÇAS in B.C. ATRIUM nº8 Abril 1987
"A minha terra é Sardoal. É uma vila florida. Tem uma parte nova e uma parte velha.
É rodeada de campos. Também tem monumentos históricos como: a Igreja Matriz, muitas capelas e o Pelourinho.
Tem também, um painel de Gil Vicente. E temos também um centro cultural que se chama GETAS e faz teatro muito engraçado e faz também muitas coisas bonitas.
Não há cá industrias. Já houve, mas fechou é pena porque assim o Sardoal desenvolve-se pouco.
Eu gosto desta terra porque eu nasci e vivo aqui.
Sardoal quando chove fica triste mas vem o Sol e Sardoal fica a brilhar com as flores meio a pingar."
Susana Passarinho- 2ªfase do 2ºano(1987).
# Colocado por PensarSardoal @ 20:49
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Sardoal OFF-SHORE!!
Parece que nos últimos tempos têm havido conspirações à revelia da grande maioria dos Sardoalenses no sentido de levar esta medida avante.
Segundo as agências noticiosas contactadas, o paraíso da Madeira vai deixar de ser único, passando no nosso Concelho a ser possível instalar sedes virtuais de empresas que desejem ter o seu domicilio fiscal no Sardoal.
As conspirações ao que constam são tidas em reuniões fora de horas no antigo Café do JORGINHO, pelos mesmos individuos que lançam os panfletos na nossa pacata vila.
Desordeiros?
Não, apenas se limitam a utilizar toda a sua inteligência para suprir o grave problema do nosso concelho. Como sempre, estes individuos surpreendem pela positiva, ao descorrer em tão especial medida a favor do problema da desertificação, pois com o dinheiro em resultado da afluência de capitais poderíamos investir noutros domínios, preparando o nosso concelho de infra-estruturas essências para criar um forte gabinete de apoio empresarial que estimule em coordenção com outros concelhos a actividade económica do nosso Concelho.
Sardoal OFF SHORE já!!
NOTA:em preparação está um abaixo assinado, que deverá assinar com o nickname ou com a impressão digital do B.I. para evitar que alguém comente o seu nome como constante de tal lista. Os panfletários garantem a sua confidencialidade.
# Colocado por PensarSardoal @ 20:54
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CARTA ABERTA
DE: Bruno Costa
Bairro da Misericórdia
2230-Sardoal
PARA: Contra & Contra, LDA
Rua do Medo
0000-Estagnação
Estimados panfletários,
A todos vós dedico este humilde Post, não como forma de legítima defesa de qualquer um dos visados pelos últimos panfletos distribuídos na nossa pacata Vila e Concelho.Falo essencialmente enquanto sardoalense particularmente sentido com o vosso acto.
Analisando profundamente os vossos panfletos, coisa para um minuto, facilmente se denota uma profunda estagnação de raciocínio, o que é particularmente preocupante quando vivemos numa época de transição económica, onde o paradigma tecno-económico vigente passa a ser a inovação.
Ora todos nós sabemos que associada a esta está a criatividade, e o vosso estigma em relação ao presente momento do nosso Concelho não vos deixa libertar a zona do cérebro onde incidem estas funções. De resto, tal com deixa implícito António Damásio no seu Erro de Descartes, o conflito entre a emoção/sentimento e razão/racionalidade é uma realidade e, não querendo dar uma ideia de interpretação única, isto aplica-se fortemente ao vosso exemplo.
Não sei o que vos conduz a tal exacerbar de sentimentos mas tende cautela com os consumos excessivos e com os comportamentos de risco, até porque tendo vossas excelências uma reputação que não querem manchar dando um rosto às vossas ideias altamente corrosivas, têm de acautelar a vossa imagem, e hábitos também, enquanto potenciais portadores de genes saudáveis para os vossos descendentes directos.
Fazendo um paralelismo entre a formação de um ser humano e a construção enquanto sector económico do nosso Concelho, digo-vos claramente que não percebo como não conseguem vossas excelências absorver a externalidade que estes disseminam no nosso panorama social e cultural. Falo pois do valor construtivo, seja ele arquitectónico, funcional, estético, ou outro, que é encontrado em abundância no nosso Concelho, ou não fosse este abundante em empresários e trabalhadores associados ao sector da construção.
QUE FUTURO PARA OS VOSSOS PANFLETOS?
Quanto ao futuro, faço aqui uma ressalva pois ao pensar neste assunto fiquei apreensivo (durante uns breves segundos). Lanço então uma ideia: que tal transformar os vosso panfletos numa revista ou publicação oficial, tipo jornal ou sob outra forma qualquer que as vossas mentes brilhantes ditem.
Tinham uma grande vantagem comparativa quando em análise com a potencial concorrência, visto estarem ausentes de I.V.A., pois o vosso valor acrescentado para a construção de um Concelho melhor é nulo.
“Bitaites” todos nós enviamos e libertamos após uma mini no café mais próximo (mas nunca se desloquem a pé, sempre com o querido carrinho), agora ofensas pessoais que vão para além de qualquer responsabilidade pública inerente ao cargo que ocupam somente para atingir as pessoas no seio do seu lar, parece-me abusador. As divergências jamais desaparecerão num contexto de ataques meramente pessoais.
Acabo com uma questão: É ISTO QUE ENTENDEM POR OPOSIÇÃO?
# Colocado por PensarSardoal @ 23:10
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O FADO DO DESGRAÇADINHO (nova versão)
in "A cultura a sorrir..." no B.C. Nº7 1987
"Andava o desgraçadinho no gamançoooo,
Sacando uns subsídios p'rá culturaaaa,
Sofreu tanto com o seu desenrascançoooo,
Que foi parar, direitinho à sepulturaaaaa!...
Morreu tuberculoso, esfarrapadooo,
agarrado a um projecto culturalll,
Perante uma entidade do Estadoooo,
Que dizia que as finanças iam malll!...
Já tinha percorrido outros caminhossss,
Vagueando nos destinos da pobrezaaa,
Solitário, mendigando uns trocadinhosss,
Para levar a cultura à sua mesaaaa!...
Nem conseguiu das Autarquias o abrigooo,
Nem uam réstea de esperança lhe foi dadaaaa,
E até Deus o lixou com o castigoooo,
Que a cultura não dá pão, não lhe dá nadaaaaa!...
Morreu o desgraçadinho, pele e ossooo,
aos pés do governante, chateadooo,
Porque tinha que partir p'ra um almoçooo,
Onde a cultura era tema a ser tratadooooo!!!..."
Texto:Mário Sousa
NOTA: os tempos de facto mudaram, e as instituições do nosso concelho parecem viver mais desafogadamente, no entanto a caricatura permanece intemporal, com a qualidade a ser mais forte do que qualquer fonte de "erosão".
# Colocado por PensarSardoal @ 21:17
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1ª FEIRA DO LIVRO PENSAR SARDOAL
Planeada desde Novembro esta Feira do Livro pretende antes de mais ser um sinal positivo para as gentes do nosso concelho, numa altura em que se fala tanto em depressão dos agentes sociais e económicos do país, distrito e concelho.
Pois bem, neste contexto alguns carolas do nosso Projecto Pensar Sardoal lançaram mão de uma ideia que permite diversificar a oferta cultural do nosso concelho, justamente num fim-de-semana onde não havia condições de mercado interessantes para um privado intervir com um evento do género. Apesar do dia dos Idosos trazer pessoas à Vila, a verdade é que a nossa Feira em nada beneficiou em termos de afluência, pois o Sábado foi inclusivé o dia de menores vendas e visitas.
O livro como ponto de interesse comum proporcionou aos Sardoalenses um ponto adicional de conversa, que não o futebol e a caça, pelo que foi extremamente recompensador para os organizadores obter feedback do mesmo, seja ele positivo ou negativo, porque isto de querer mudar um concelho em termos de atitude e de empreendedorismo encontra sempre umas bolsas de resistência.
A primeira visita foi um ilustre israelita que andava pelo Sardoal procurando umas almas com quem pudesse conversar à cerca da sua arte e quem sabe vender uns quadros, pelo que ficámos honrados com distinta visita, que deu a este evento um colorido diferente.
Foi engraçado ver a reação dos Sardoalenses à presença estranha de livros num sítio onde habitualmente ocorrem sessões de teatro, cinema, exposições, mas onde também já havia ocorrido uma Feira do Livro organizada pela autarquia.
Porém a nossa era diferente, pois não contávamos com qualquer apoio autárquico, queriamos acima de tudo dar o sinal de que a cultura do subsídio não é benéfica para os movimentos associativos, pois cria vícios às estruturas. Para romper o ciclo vicioso, procurámos nos nossos bolsos alguns trocos a fim de podermos suportar o transporte, gasolina, portagens isto para não falar dos custos de oportunidade...
Tudo correu pelo melhor, a carrinha de transporte dos livros vinha completamente em baixo, sem lugar para mais um livro que fosse, inclusivé tivemos que requisitar ajuda de um estudante universitário para trazer mais umas caixas.
As vendas que seriam o menos importante pois não tinhamos margem de lucro, correram pelo melhor, tendo em conta o número de habitantes da freguesia, embora saibamos que isto da promoção cultural não seja nunca traduzido somente por números. Os números só interessam quando analisamos que existe uma falha de mercado, ou seja, o nosso Concelho, num fim de semana normal, sem actividades turísticas que atraem visitantes à terra, não consegue proporcionar condições à iniciativa privada para suportarem salários, despesas de deslocação, publicidade, alimentação e estadia por forma a garantirem uma organização como a nossa durante 3 dias consecutivos.
Queremos continuar a diversificar as nossa actividades, ainda que tenhamos dificuldades em obter a adesão de interessados na promoção destes eventos, seja porque os Sardoalenses não terem tempo, seja por estar a dar bola na televisão, ou até pela telenovela...
O discurso menos abonatório para o nosso Projecto são as conotações políticas, mas para isso há muitos argumentos, o primeiro começa pela nossa assunção do risco que isso implicaria, e sem dúvida que optamos sempre pelo caminho mais dificil, pois assumimos as nossa convicções sociais, culturais e por isso mesmo políticas, o que não compreendemos é que não consigam ver em nós algo mais para além do evidente e nem se preocupem com o nosso projecto, simplesmente vêm uma cor e uma sigla.
Respondemos também com um livro, ?A política explicada às crianças...e aos outros? de Denis Langlois.
# Colocado por PensarSardoal @ 22:13
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ÚLTIMO DIA!
Se ainda não se deslocou até ao salão do GETAS e o tenciona fazer hoje, indico-lhe que hoje fecharemos mais cedo, com ABERTURA PARA AS 12H00 E COM FECHO PREVISTO PARA AS 16H30.
Por motivos de deslocação para as cidades onde estudamos (Lisboa, Coimbra, Portalegre, etc) teremos que encerrar a Feira do Livro mais cedo por forma a podermos efectuar as nossa viagens rumo ao mundo universitário.
É com nostalgia que afirmo que nossa Feira do Livro está a acabar, tudo correu como esperado, até a afluência dos visistantes estava prevista, à excepção do número de vendas que excedeu o esperado pela maioria dos elementos organizadores.
Foi de facto gratificante realizar este evento com os custos suportados pelos elementos da organização, recorrendo a fundos pessoais e com grande carolice para demonstrar que é possível realizar eventos que deixam uma marca positiva no nosso Concelho sem requisitar apoios monetários da autarquia, dando um sinal que espero ver interpretado por algums movimentos associativos por forma a serem criativos, não no evento em si mas nas formas de financiamento dos mesmos, recorrendo a formas de incentivos previstos pelas entidades nacioanais de atribuição de fundos (Fundo Social Europeu, PRIME, INATEL, Programas Operacioanais da Região de iserção territorial, etc).
Estamos quase a fazer o nosso primeiro aniversário...
Até breve!
# Colocado por PensarSardoal @ 09:43
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APAREÇAM!
A Feira do Livro irá ter como horário das 12h00m até às 20h00, salvo indicação em contrário, e promete ser surpreendente em quantidade e qualidade/preço.
AGORA NÃO FALTEM!
# Colocado por PensarSardoal @ 12:22
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EXPO'S @Sardoal
Ao mesmo tempo que faremos decorrer a Feira do Livro e no mesmo local, no salão do GETAS, iremos disponibilizar uma exposição "CINEMA E CENSURA EM PORTUGAL por Lauro António" cedida pela BMRR de Lisboa, e que se pretende que seja a primeira de muitas, dependendo sempre das nossas fontes de financiamento, que neste momento atingem apenas os nosso já rotos bolsos. Por muito que custe acreditar, é pura carolice!
Neste projecto está implícita a ideia de que culturalmente o Sardoal se
prepara para conhecer um novo 25 de Abril, aquele que os agentes (do
GETAS por exemplo) num passado muito recente pretendiam levar a cabo
mas cujo rude golpe da falta de instalações e posterior demolição das
únicas disponíveis, falo como é claro do Cine-Teatro Gil Vicente.
A ausência de um sitio próprio onde pudessem ganhar escala projectos que
a espaços já tinham lugar no nosso Concelho, não permitiu que os seus
projectos tomassem a dimensão e o poder verdadeiramente aglutinador,
sendo que sem a cumulatividade de participações é natural que estes movimentos essênciais ao Desenvolvimento Local pudessem desenvolver
as suas ideias, pelo que aqui cabe também um papel à autarquia que na
altura comandava os destinos do nosso concelho, nomeadamente definindo
prioridades e perspectivas muito suas mas sem olhar aos seus verdadeiros
parceiros sociais.
Assim, são vários os temas de exposições que em parcerias com a
Biblioteca Museu República e Resistência de propriedade da Câmara
Municipal de Lisboa e que tem como propósitos essênciais "fazer da
evocação e da memória uma atitude cultural", partilhados pelo nosso
Projecto.
NOTA: quem sabe se o tema não tem a ver com um novo projecto do Pens@rSardoal, que não faz rir mas produz bens públicos essênciais.
# Colocado por PensarSardoal @ 21:24
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AUTO RETRATO in Atrium do GETAS B.C.Nº5 1986
"A senhora X, casada com o senhor Y, solicitou através dos seu advogado ser informada da razão primeira que levava o seu ainda marido a pedir o divórcio.
Resposta deste: -Quero divorciar-me da minha mulher porque ela não tem garra."
A FALTA DE GARRA
As regras da oferta/procura e da livre concorrência sofreram sempre alterações ao longo dos tempos, mas presentemente sente-se na consciência de quem compra uma mercadoria um dado novo. O consumidor português é cada vez mais lúcido. Por outras palavras, que compra, sabe (ou pelo menos tentaa saber) melhor a quallidade dos produtos que adquire. Baseia-se no cada vez maior caudar de informação de que é alvo e porque viaja mais, sabe comparar os diferentes tipos de comerciante que o servem.
Para lá das crónicas assimetrias entre litoral e o interior português que não vêm aqui ao caso, pode-se dizer que os comerciantes da província, na generalidade ainda não acordaram da "longa noite" (passo a citação). Ficam assustados com a invasão de produtos do Mercado Comum e vão respondendo aos fornecedores que "disto não querem porque não se gasta" e "daquilo é melhor não porque nem lhe descobrem a utilidade".
ENTRETANTO...
No Concelho de Sardoal estes factos não são ficção e constatamos que a imensa mairio dos comerciantes esquecem a mais elementar das regras que deveriam reger o seu trabalho: um comerciante é sempre em última análise um dinamizador (educador?) na venda dos seus produtos.
Quando sabemos que na nossa região o poder de compra sofreu (por razões de todos conhecidas) uma enorme regressão, que é que se nos depara?
-A falta de iniciativa, o cair de braços, a fraca imaginação, o ir para o fundo cantando alegremente.
O divórcio dos Sardoalenses face aos seus comerciantes é um facto cada vez mais indesmentível.
A falta de garra e a desmesurada acomodaçãodestes, leva a que a estrutura de oferta/procura se venha alterando de forma curiosa.
Novos factores estão a afectar um Xadrez até aqui sereno mas infelizmente doente.
Do vosso Consumidor Médio Comum (Eusébio Paulino)
# Colocado por PensarSardoal @ 14:32
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JÁ CHEIRA A LIVROS!!
A primeira Feira do Livro do Pens@rSardoal está ai à porta, resta desejar que tudo corra como está acordado no papel, ou seja, que corra pelo melhor. Só isso poderá ocorrer, até pelo esforço que dois dos seus membros organizativos estão a desenvolver.
Relativamente aos propósitos da organização deste evento, ele não é um mero ponto de mercantilização de livros ou cultura literária, prentende-se que seja um sitio de confrontação do Sardoalense com o livro que muitas das vezes serve para enfeitar a estante, a encadernação até é bonita mas...será que é esse o elemento essêncial de um publicação, a sensação agradável que provoca ao primeiro olhar.
A nossa Feira irá demarcar um campo nesse aspecto, pelo que os livros apresentados serão em cerca de 90% constituídos por fundos editoriais, ou seja, por livros já saídos de circulação, pelo que poderá ser uma altura para redescobrir autores e obras que à tanto tempo andamos para ler, e agora com as Férias do Natal vamos ter um tempinho para dar-mos conta dele.
O PensarSardoal fez um grande esforço para proporcionar os serviços desta empresa, a SOLIPA LDA, que é reconhecida em Lisboa pelos eventos que protagoniza, refiro os dois últimos, com a sua presença na FIL durante a maior Feira do Livro em termos de espaço utilizado de Lisboa, com uma àrea a rondar os 2400m2 só para a Solipa e os seus fundos editoriais, bem como destaco o evento esta semana na Cidade Universitária para a Faculdade de Letras, pelo que o nível de excelência procurado pelos futuros escritores e analistas literários deste país é um indicador de qualidade desta empresa. Um factor que a diferência é a sua relação qualidade/preço que poderão aferir nos exemplos por nós apresentados no início do BLOG.
Agora só falta o mais importante, a comparências dos Sardoalenses que parece que têm andado muito ocupados com a SPORT TV...
# Colocado por PensarSardoal @ 22:00
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