Apagar as luzes por uma hora - a Hora do Planeta - é, não só contribuir para a preservação do nosso Planeta, como fazer parte da maior plataforma voluntária de cidadãos contra as alterações climáticas.
A Hora do Planeta 2011 leva esta acção simbólica ainda mais longe e desafia-o a lembrar-se do planeta e das suas necessidades todas as horas do ano.
Marque ja na sua agenda: HORA DO PLANETA 2011, a 26 de Março de 2011, às 20H30.
Na ribeira do Vale Formoso havia cinco azenhas para moer os cereais.
Os homens chamavam-se moleiros e cada um tinha a sua azenha, no Verão a água era pouca e não havia outro meio de moer os cereais. Os homens rebentavam os açudes uns aos outros para roubar água com o intuito de moer o pão, porque naquele tempo não havia electricidade para moer, e tinha que ser com a água.
Depois os homens brigavam uns com os outros.
(Eugénia, 63 anos)
VALE FORMOSO (versão nº2)
O nome desta aldeia apareceu porque era um vale muito fértil, óptimo para a agricultura, daí vem o nome de Vale Formoso.
DIÁRIO ECONÓMICO, 3-6-2002: "Vivemos durante demasiado tempo acima das nossas possibilidades. Por um lado, nos últimos anos, o Estado aumentou o défice orçamental a ritmos terceiro-mundistas, para níveis que são incomportáveis quer, com os nossos compromissos internacionais, quer com o equilíbrio das contas públicas. Assim, descobrimos o óbvio: os elevados défices de hoje são rápidamente transformados nos impostos de amanhãe, nos próximos tempos, auguram-se medidas draconianas na redução da despesa pública."
DIÁRIO ECONÓMICO, 29-7-2002: "A entrada no euro significa que, de agora em diante, não podemos mais esconder deficiências de produtividade com meras desvalorizações contínuas. Isto é, se os exportadores portugueses quiserem ser competitivos nos mercados internacionais, terão que o fazer somente através do aumento de produtividade das suas empresas bem como da qualidade dos seus produtos."
EXAME, Janeiro 2011: "Há uma obsessão no nosso estado, qualquer que seja o governo, em deixar obra feita. E em Portugal obra feita é betão. Há também um eleitoralismo descarado no espaço de um a dois anos antes da realização de eleições. Isso agravou os nossos problemas."
Exame, Janeiro 2011: "Os números são ainda mais graves do que os oficiais. O endividamento das empresas públicas atinge 24% do PIB. Não aparece nas estatísticas oficiais de dívida pública, mas, na prática, é isso mesmo. E a estratégia seguida nas parcerias publico-privadas (PPP) foi atroz. Temos 50 mil milhões de euros já atribuídos em PPP, que têm de começar a ser pagos a partir de 2013. É quase 30% do PIB. Alguém vai ter de pagar isto. Os governos assumiram enormes compromissos em termos de despesa pública para o futuro, o que compromete o crescimento da economia e o bem-estar da população a prazo."
EXAME, Janeiro 2011: "Penso que haverá eleições no próximo Verão e que o próximo governo terá mesmo de adotar estas medidas, o que irá permitir retornar, no futuro, à trajectória de crescimento que marcou os últimos 50 anos. (...) Medias necessárias: 1) saneamento das empresas públicas; 2) renogociar as PPP; 3) acelerar a transaparência das contas públicas; 4) pacote anticorrupção; 5) estratégia para reduzir importações; 6) melhorar a competitividade, não só através da flexibilização laboral."
OS ARAUTOS DA CRISE - Vítor Bento, Abel Mateus, António Nogueira Leite e Álvaro Santos Pereira há vários anos que vinham a alertar para os problemas estruturais da economia portuguesa. A crise profunda que o país agora enfrenta não os supreendeu.
* Este post é uma citação ao artigo publicado na revista Exame nº321 de Janeiro de 2011 conduzido pela jornalistas Sónia M. Lourenço
Expresso, 6-1-2001: "A economia e a sociedade estão a atravessar uma fase de uma certa acomodação e inércia, por oposição à registada lono no início do nosso desafio europeu. Numa altura em que a concorrência internacional se itensifica, a vitalidade da maioria dos nossos principais actores parece esmorecida."
Expresso, 17-3-2001: "Os pecados originais encontram-se na ilusão fiscal que toldou o Governo na preparação para o euro. Ao contrário de outros países, não houve um programa efectivo de controlo e redução da despesa na preparação para a moeda única e agora temos de pagar a factura."
SEMANÁRIO ECONÓMICO, 25-5-2001: "A inação nas reformas estruturais não permitiu a expansão da capacidade produtiva/oferta agregada."
Visão, 28-6-2001: "A competitividade da economia portuguesa está em queda desde 1996, ano a partir do qual os salários têm crescido acima da produtividade."
Semanário Económico, 13-7-2001: "Tem de haver um tecto ao crescimento real da despesa pública. E até iria mais longe, acho que devíamos ter esse teto numa base prurianual."
Expresso, 9-11-2001: "A economia portuguesa pode enfrentar uma situaçao mais grave do que em 1993-1994, não só por aquilo que é conhecido, mas, sobretudo, por aquilo que não é conhecido."
OS ARAUTOS DA CRISE - Vítor Bento, Abel Mateus, António Nogueira Leite e Álvaro Santos Pereira há vários anos que vinham a alertar para os problemas estruturais da economia portuguesa. A crise profunda que o país agora enfrenta não os supreendeu.
* Este post é uma citação ao artigo publicado na revista Exame nº321 de Janeiro de 2011 conduzido pela jornalistas Sónia M. Lourenço
Expresso, 3-6-2000: "O ritmo da despesa que tem vindo a ser seguido não é compatível com a manutenção da carga fiscal sobre a economia. Se a despesa se mantiver, a carga fiscal vai ter de subir e, se esta se mantiver, a despesa terá de diminuir. Como não julgo que haja espaço para descer a carga fiscal, o que até seria perigoso, o controlo da despesa terá de ser feito, a bem ou a mal."
Expresso, 3-6-2000: "Estamos habituados a não sentir as consequências de persistirem défices orçamentais, porque as pessoas que acabam por pagar a dívida são em número superior às que a contraíram. Num futuro não muito distante esta situação vai inverter-se e criar um problema intergeracional muito difícil de gerir. É por isto que a redução do défice já não é um problema de doutrina económica mas de bom senso".
Expresso, 3-6-2000: "Houve, nos anos anteriores, um excesso de otimismo generalizado. De repento, as pessoas sentiram-se mais ricas. Entrou-se numa embriaguez de consumo e perdeu-se uma ideia fundamental em economia: a de que existe uma restrição orçamental, não só para o orçamento público, mas também para os orçamentos familiares. Agora, e de repente, as pessoas vêem-se confrontadas com a reacção de que essa restrição orçamental existe e passam da embriaguez a um estado de quase desepero."
Expresso, 3-6-2000: "O risco existente é que se crie um pessimismo tal nos agentes económico que os leve a, de repten, tentar restabelecer os níveis de poupança que deveriam ter construído no passado. Se tal acontecesse haveria um enorme corte de consumo, que poderia provocar uma recessão muito séria e contra a qual não há grandes instrumentos, nomeadamente na parte orçamental."Expresso, 3-6-2000: "Se a nossa produtividade não for maior, os salários não podem aumentar. Aumentar os salários para lá do que a produtividade permite é o caminho mais certo para o desemprego."
OS ARAUTOS DA CRISE - Vítor Bento, Abel Mateus, António Nogueira Leite e Álvaro Santos Pereira há vários anos que vinham a alertar para os problemas estruturais da economia portuguesa. A crise profunda que o país agora enfrenta não os supreendeu.
* Este post é uma citação ao artigo publicado na revista Exame nº321 de Janeiro de 2011 conduzido pela jornalistas Sónia M. Lourenço