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POST MORTEM NIHIL EST
Seguido de N?OUBLIE PAS QUI TU VAS MOURIR , ONLY DEATH IS REAL ! e ainda VIVA LA MUERTE !
Tema algo cliché ! A morte. Talvez. Mórbido? O tema mórbido por excelência!
Todos falam na morte. Todos sabem o que é a morte. Apesar de ninguém conhecer a morte ou ter passado por ela e voltado para contar como foi (com excepção de quem tenha passado pela chamada Experiência Pós Morte). O encontro com a morte não é o mesmo que ir passear à Baixa, não senhor e isso todos nós sabemos.
O que é a morte? Não a morte, mas a MORTE? E não me refiro àquela figura ridícula do esqueleto que tantas vezes serve de ícone para este conceito. Isso é muito fácil de responder, basta ler o que nos diz o nosso amigo dicionário médico: ?morte, s.f. (fr. Mort; ing. death) paragem completa e definitiva das funções vitais de um organismo vivo, com desaparecimento da sua coerência funcional e nomeadamente da actividade eléctrica do cérebro (traçado electroencefalográfico plano), e destruição progressiva das sua unidades tecidulares e celulares.?
OK. Já temos aqui qualquer coisa mas sabe-se bem que a Morte e as ideias com ela relacionadas são guardadas no mais escuro dos cantos da enorme cave que é a mente humana. Temas da actualidade social relacionados com a morte são dos mais polémicos e levam a discussões de café (ou mesmo de parlamento) que se prolongam indefinidamente no tempo. Falo de questões como a pena de morte, o aborto, a eutanásia, o suicídio ou que há para além da morte.
Pegando no suicídio. Será que há países com pena de prisão para que tente cometer suicídio e falhe? Seria algo bastante triste, não acham?
Uma pessoa deserta por pôr o fim à sua vida (e aqui ponho de lado todas as implicações de foro psiquiátrico) e não consegue morrer (muitas vezes a sua vida até piora depois de uma tentativa falhada) e como se tal não bastasse ainda leva com o frete de ir parar a um espaço com 9m cúbicos. Nada mau! Não defendo o suicídio. Alerto já o leitor para isso! Quero apenas deixar as pessoas a pensar. Se acharem de mau gosto podem sempre virar a página, mas não deitem fora o jornal!
Um paralelo entre o suicida frustrado e o doente terminal pode ser feito. Pessoas que querem morrer e não as deixam. Em muitos aspectos o suicida e o candidato a eutanásia são irmãos na medida que estão ?presos? à vida. Querem livrar-se daquilo que são e do que os outros são. Ou seja, querem ver-se livres do mundo.
É claro que podem dizer que há doentes em como irreversível cuja vontade não é expressa. Pois é verdade, depois acordam. Podem ficar muito contentes e rijos de saúde (o que é óptimo!) ou podem entrar uma vida sofrida e angustiante de doente crónico em que as ideias suicidas podem tornar-se uma companhia constante. Deixo expressa a ideia de que não é meu intento apoiar a eutanásia neste texto. Só quero estimular as sinapses do vosso sistema nervoso central! Sem tomar posições concretas em relação aos temas aqui citados.
# Colocado por PensarSardoal @ 20:45
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