BACK TO BASICS


REDESCOBRIR!

  • outubro 2003
  • novembro 2003
  • dezembro 2003
  • janeiro 2004
  • fevereiro 2004
  • março 2004
  • abril 2004
  • maio 2004
  • junho 2004
  • agosto 2004
  • setembro 2004
  • outubro 2004
  • novembro 2004
  • dezembro 2004
  • janeiro 2005
  • fevereiro 2005
  • março 2005
  • maio 2006
  • janeiro 2010
  • fevereiro 2010
  • março 2010
  • abril 2010
  • maio 2010
  • junho 2010
  • julho 2010
  • agosto 2010
  • outubro 2010
  • novembro 2010
  • janeiro 2011
  • fevereiro 2011
  • março 2011
  • abril 2011
  • junho 2011
  • setembro 2011
  • outubro 2011
  • novembro 2011
  • dezembro 2011
  • janeiro 2012
  • abril 2012
  • setembro 2012
  • novembro 2012
  • fevereiro 2013
  • junho 2013
  • outubro 2013
  • março 2014
  • maio 2014
  • outubro 2015
  • LINKS ÚTEIS

    Viva o Sardoal! Sardoal.com
    Road Book
    Sardoal Virtual
    ANAFRE
    ACSCACSM
    ANMP
    As Nossas Escolas
    Gov.Civil Santarém
    DistritosDePortugal
    Ribatejo Virtual
    Quinta de Arecês
    PSD Sardoal
    O nosso fotógrafo
    PORLVT
    www.tagus-ri.pt Nossos críticos musicais
    Ambiente Greenpeace
    Instituto d'Ambiente
    Univ.Açores
    Ambiente online
    Tecnologias e Ambiente
    Agroportal
    Engenheiros Ambientais
    ZÔO VIRTUAL
    Univ. Minho
    Caixa de Música BODYSPACE
    Mondo Bizarre
    Gulbenkian
    All Music
    Bizarrologia
    Jazz Magazine
    CULT JAZZ
    JazzPortugal
    New Jazz
    Subjectividade
    Cinema ZOOM Cinemateca
    7ªArte
    Zero em Comportamento
    Atalanta Filmes
    IMDB
    Cinema 2000
    ICAM
    Cinema Português
    CineCartaz
    Contra Cultura Barrote Queimado
    Abril em Maio
    A forma do Jazz
    Bedeteca
    Uma Praia no Ribatejo
    Urban Desires
    Comedy Central
    Anos 80
    @tlas
    The Onion
    Dr. Alderete
    Chili com Carne
    Design
    Design Council
    CPDesign
    Design Museum
    Vitra Design Museum
    Classiques du Design
    XMAYA Images
    Design is Kinky
    Graphic Design
    Art Center
    Electronic Design
    How Design
    Economia
    Lusa
    Ministério da Economia
    ICEP
    IAPMEI
    ADI
    The Economist
    Financial Times
    Bloomberg
    Reuters
    Imprensa Regional
    O Ribatejo
    Voz do Campo
    O Mirante
    O BALNEÁRIO
    Livros em Companhia
    IPLB
    Biblioteca Nacional
    Projecto Gutenberg
    Bookcrosser
    Projecto Vercial
    Marketing Watch BIG
    Marketing Magazine
    MKT online
    Vector 21
    Museus on-line Arte Antiga
    Metropolitan
    Del Prado
    Musée Picasso
    Van Gogh
    RIJKS
    D'Orsay
    Pela vossa Saúde
    Ordem dos Médicos
    Tabagismo
    DG Saúde
    F.Port.Cardiologia
    De A a Z

     
     


    O que posso escrever sobre a falta de participação da grande maioria das pessoas que nos rodeiam? Posso eu, sentado à frente do meu computador, espreitando pela janela e vendo a televisão do meu vizinho, que está ligado todo o dia, chegar a alguma conclusão?

    Começo por pensar nos motivos que podem levar um individuo a não querer desempenhar o seu papel ou defender os seus direitos na sociedade e as primeiras palavras que ecoam na minha cabeça são familiares: AGORA NÃO POSSO, TENHO MAIS QUE FAZER, ISSO NÃO SERVE PARA NADA MAIS VALE ESTAR QUIETO, NÃO ESTOU PARA ME CHATEAR OU A MINHA VIDA NÃO É SÓ ISTO. Esta acomodação começa por me fazer confusão na medida em que, por mais esclarecedora que seja em relação à indisposição para qualquer tipo de participação, é, ao mesmo tempo, bastante fechada nos motivos que apresenta para esse mesmo alheamento.

    Uma nova recordação assola a minha mente agora ocupada em escrever e que não anda muito longe de um diálogo, quase monólogo diríamos nós sabendo da incompreensão de uma das partes, parecido com o que aqui reproduzimos:
    -ouve lá, mas estás a ver-me enfiado aí todo o dia para no fim não dar em nada.
    -mas já reparaste que se todos pensarem assim isto não dá mesmo em nada.
    -não vale a pena fazer nada pois vai ficar tudo na mesma e eu não ganho nada com isso.
    E a citação poderia continuar até ao final da página que o discurso seria sempre o mesmo fazendo lembrar, nesta escrita de recordações, uma outra citação, agora de BRECHT, em que levavam comunistas e sindicalistas, judeus e homossexuais e pouco importava e nada se fazia até ao ponto em que só vinham para quem restava e já era tarde e não havia ninguém para fazer nada.

    O acto de participar em sociedade, que não se reduz ao panorama político, não requer, como à partida pode parecer, capacidades ou esforços excepcionalmente elevados. Participar em sociedade influenciando, modificando, reciclando o meio em que vivemos ou, ainda, não se ausentando destes ou de outros direitos não só deve constituir uma vontade intrínseca como postura necessária. Contudo, pensar que se pode viver em sociedade e em cidadania sem contribuir para um meio comum é uma ideia que normal e erradamente vinga. Ao mesmo tempo, pensa-se frequentemente que para participar é necessário uma grande disponibilidade que não se tem, ou grandes conhecimentos que não se teve oportunidade de obter.

    Nada mais errado já que para ter uma voz basta tê-la, ou seja, para participar basta ter opinião, basta agir dentro de casa e no trabalho, basta não ser indiferente ao que nos rodeia, basta transmitir com segurança os nosso direitos. A abstenção, pelo que se percepciona, preocupa mais aqueles que menos contribuem para ela. Com estas certezas começo a recordar outros ambientes, diametralmente oposto, onde diariamente se faz e se constrói um novo cenário e uma nova cidade. Por meio de acções colectivas ou individuais deparo-me com manifestações e vontades que fazem crescer a esperança numa cidadania consciente. Registo de simples actos ou quotidianos ou de decisivas influências nos destinos da cidade, um encontro aqui, outro encontro noutro dia, vou enchendo o vazio deixado pela ausência e reencontro-me com o sem abrigo em diversas ocasiões.

    E a televisão do meu vizinho continua acesa (tal como tantas outras em todo o mundo),mas eu termino o texto com esperança, e TU?


    Ricardo Duarte in LX JOVEM 2001
    # Colocado por PensarSardoal @ 18:25

     

    Free website - Powered By Wix.com
     
     
     
      Graphics by and Copyright © 2001 Point of Focus Site Meter