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ROTEIRO POÉTICO DO SARDOAL (3)
ADRO DA IGREJA
...Ao princípio era um lugar
muito grande, como mundo,
eu pequeno, a espreitar
os mistérios lá do fundo.
Foi lugar de aventura,
de sonhos, de brincadeira,
-que guerras não são loucuras
com pistolas de madeira...
Foi retrato, foi paisagem,
estádio de futebol
e o sino era a mensagem
de nascer e pôr-do-sol.
Chegaram amores furtivos,
os encontros lá no canto,
com poemas fugitivos
ao sabor do teu encanto.
As baladas que nasciam
já a noite ia adiante
eram vozes que cresciam
com as luzes do levante.
E o homem de negras vestes
que o queria só p’ra si
fazia os olhos agrestes
por “a gente” estar ali...
... ... ...
Daquilo que já contei,
imaginam o que seja.
-nunca mais esquecerei
o meu Adro da Igreja!...
M.J.S.
# Colocado por PensarSardoal @ 20:37
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