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Das Produções POLÍTICA DO PASSADO
“A Liga dos Marxistas Retardatários” (em exibição há 1548 Semanas)
Baseado em acontecimentos recentes, em comentários e ofensas proferidas contra elementos do Blog Pensar Sardoal, e inspirados pelo guião de Pedro Lomba que escreve regularmente no DN os Clássicos da Política Portuguesa, é com orgulho que também decidimos dar o nosso contributo ao director da política cultural do nosso Concelho para que não haja dificuldades de com um orçamento curto ter de “fazer render o peixe até às Eleições".
Deixamos por isso aqui um excerto do guião do filme:
“(...)Agora chegou a vez da esquerda aderir à política do passado e do ressentimento. A esquerda portuguesa nunca foi tão passadista e nostálgica como agora. Não o era antes porque a democracia era jovem e Portugal um país permeável a todas as experiências e ilusões. Se a direita vivia no passado, a esquerda habitava o futuro.
E no entanto, alguma coisa está agora a mudar. Todos os anos, ao celebrar o aniversário do regime, a nossa esquerda já não exibe a tranquilidade dos vencedores, lamentando o estado do país e o fosso que nos separa dos sonhos da revolução. E para ela, este Governo PSD/CDS é uma ameaça aos direitos, às conquistas colectivas, ao Estado-Providência que ela ajudou a construir. Como Fernando Rosas escrevia há dias, melodramaticamente, a direita anda a vingar-se do 25 de Abril.
Esta posição não é apenas ressentida e improvável; é sobretudo, de uma manifesta inutilidade política. As querelas políticas não devem ser querelas sobre o passado. A memória é apenas a memória, não é um argumento. E as discordâncias com um Governo democraticamente eleito não podem ser convertidas em manifestações de saudosismo. Não existem governos favoráveis ou contrários ao 25 de Abril. Existem políticas más ou boas, nocivas ou vantajosas. Nada é menos política do que usar a História para diabolizar os governos com os quais não concordamos.
O regime vai fazer 30 anos e, antes do ressentimento historicista que nos ameaça, convinha que pensássemos em dividir-nos na política e não na História. OS TEMPOS EXIGEM MAIS RAZÃO QUE LIRISMO. EXIGEM MUDANÇAS. EXIGEM CONFLITOS. EXIGEM QUE AS DIVISÃO POLÍTICAS SEJAM ASSUMIDAS PARA FUGIRMOS AOS NOSSOS CONSENSO TURVOS E PACTOS DE REGIME. Exige um governo realmente comunitarista, pronto a correr riscos, incluindo o de perder eleições. Precisamos de política, não de debates viciados.
E o passado?
Não devemos fazer nada. Não devemos esquecê-lo porque o passado nunca se esquece. Mas não devemos usá-lo para uma política de ressentimento estéril e caduca.”
O filme segue dentro de instantes...aposto!
Bruno Costa
# Colocado por PensarSardoal @ 23:46
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