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WWW.COMERCIOJUSTO.PT/SARDOAL=2230
Sempre em busca de soluções aplicáveis ao Sardoal, embora reconhecendo sempre o seu carácter ímpar, dei comigo a ler um dos muitos flyers que nos passam para as mãos em qualquer cantinho de Lisboa. Como tenho por hábito guardar o papel para fazer reciclagem, ou melhor será dizer para separar o lixo, porque nunca sei o que vão fazer com ele, e depois de uma reportagem no Expresso há uns meses atrás sobre os Municípios do Médio Tejo já acredito em tudo (onde entre outros estava o Sardoal, como pertencendo a uma rede de recolha de lixo separado na origem mas agregado no depósito final!! ).
Esse panfleto dizia apenas na capa “Terra a Terra”. Confesso que fiquei intrigado, enfim, admito que sou susceptível a golpes de marketing, ainda que verdes, como era o caso. Para quem acredita em coincidências, este folheto tinha a ver com o Sardoal.
Tratava-se de um espaço onde se pratica “comércio justo”. O que é isto de Comércio Justo? Mais uma brincadeira do americanos? Não! É um movimento que pretende promover o consumo responsável, contribuindo para minorar as desigualdades Norte/Sul do planeta. Recorrem por isso aos produtos tradicionais portugueses, pretendendo com isso contribuir para a manutenção e expansão da produção agrícola e artesanal portuguesa, que se destaca pela sua qualidade. Ao mesmo tempo, com produtos biológicos pretende-se contribuir para a melhoria da qualidade do ambiente e da saúde dos consumidores.
Foi então que decidi pesquisar, recorrendo a um motor de busca de que me recuso a fazer publicidade, e lá estava...a origem. Em 1964 na Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento. O Comércio Justo enuncia-se como potênciador dos ganhos do produtor, pois este recebe mais fruto da eliminação dos intermediários desnecessários da cadeia de relações entre produtor e comerciante final, diminuindo por isso a especulação.
A Europa conta já com 4000 lojas e movimento já tem quatro décadas, e em Portugal, muito lentamente estas vão começando a aparecer. Tem como dia Internacional o 17 de Maio. A bem de uma Economia mais social este movimento tem de ganhar escala, pois representa um outro modo de vida, uma filosofia que entra no debate da globalização como garante da diversidade.
Ao Sardoal façam vossas excelências a aplicabilidade, é que não posso fazer o trabalho sujo todo...
NOTA: 1)Mó de Vida (Almada, modevida@sapo.pt) e Terra a Terra (Av. Madrid nº21C 1000-194 Lisboa; Telf. 218470344; terra.a.terra@clix.pt);
2)Produtos comercializados – Açúcar mascavado, mel, azeite, compotas, tofu, vegetais, licores, artesanato, brinquedos de madeira, etc.
Bruno Costa
# Colocado por PensarSardoal @ 21:56
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