|
Bruno Dias da Costa
pensarsardoal@gmail.com
# Colocado por PensarSardoal @ 15:20
0 Comentários!

SARDOAL EM LIVRO
"Vem, leitor amigo, vem comigo ali ao Alto da Chã de Mouco, ainda toda ardida e negra de carvão. Sentemo-nos naquela rocha, já lavada das chuvas do último inverno.
Olha em frente. O espaço que vês chama-se Alcaravela. Todo ele foi outrora uma charneca "árida e bravia", de mato rasteiro, habitada apenas por aves e animais selvagens, nada apetecida pelos povoadores desses tempos, desejosos de terras férteis, que havia muitas.
A Serra onde estamos terá sido para os Àrabes, a Serra de Alkaravan, isto é, Serra de Grous, aves enormes, que fogem do convívio humano e daqui desertaram quando o homem se aventurou à charneca e lhes deu caça, que a sua carne era manjar de Nobres e Reis.
Olha aqui à esquerda, no sopé daquele monte ou Cabeça, um pequeno rosal de casinhas brancas e uma casa maior, onde o povo crente vai rezar. Parece que foi ali que nasceu Alcaravela, há muitos séculos. Um Cavaleiro Penitente terá escolhido aquele lugar, agreste e solitário, para ali expurgar as suas culpas. Ali ergueu a primeira ermida.
Ali, acolá, além e mais além, mais pontos brancos, onde nos princípios, se foram fixando pastores e camponeses com suas famílias e, por aí foram armando as primeiras choupanas ou casais. Neste recanto inóspito de Portugal nasceu o Povo de Alcaravela - terra que nós amamos e com a qual sonhamos quando estamos longe." Dr. Augusto Serras in ALCARAVELA - MEMÓRIAS DE UM POVO (Edição da C.M.S. 1993)
Bruno Dias da Costa
pensarsardoal@gmail.com
# Colocado por PensarSardoal @ 15:18
0 Comentários!

|
|